terça-feira, 28 de junho de 2011

Presença

As noites sem ti
São mais escuras
Repleta de mucuras
Céu de arrebol

As estrelas
Que ontem
Eram próximas
Perderam a grandeza

E a chuva cai
PAra inundar
Minh´alma
Mistura-se as lágrimas

Teus dentes
Marfins condiscentes
Mastigam tudo
Em mim

Você me aparece
No outro ato
Me diz oi um discreto
O sol ressurgiu

Depois você se vai
Fico Filho
Sem mãe e sem pai
Até o novo dia
                                         PVH, 28/06/2011

Festa Junina

Doce amada
Bela querida
Paixão da minha vida

Naquela noite
Você não estava
Festa Junina
Eu com os amigos
Tristonha estava

Em meu LG
Você ligava
Endoidecida

Comigo você falava
Toda animada
Tava sozinha
Embriagada

Sei lá por quê
Papo cabeça
Ali rolava

Ao ti ouvir desinibida
Muito à vontade
Embriagada mas
Muito lúcida

Tive vontade forte
De enautecer
Tuas qualidades
E entre tantas
Sinceridade

Você dizia
Com uma voz bêbada
- Sô isso nada!
Fiquei tão alegre

Pos os ébrios
Dizem o qe
Realmente acham

Pode sentir
Uma sensação
Inusitada

A minha bêbada
De tão louca
Chegou a entrar
Na rua errada

Minha querida
Razão da minha vida
Lembrou de eu
E se perdeu

Se viu achada
Me preocupei
Mas pensei
Seja o que for
Só sei que sou
Pessoa amada

PS 1:
           "Meu amor
           És tão franca
           Que tens medo
           De admitires
           O que realmente és
           Só pelo medo
           De não sê-lo."

PS2:
           "Com você
            Não sei dizer
            As palavras
            F l u e m
            Sem eu
            Perceber."
                                                                      Incidental
                                                                      Em: 25/06/2011

sexta-feira, 17 de junho de 2011

Quereres

Os astros que me regem
Deveras estarem loucos
Pessoas em minha vida
Vem e vão
Sem deixar explicação

Sonhos se realizam
Sem esforços
Graça do Criador
Outros sonhos se realizaram

Aquilo que tanto quiz
Milagrosamente hoje tenho
Já não dá satisfação

O que tanto queria
Já não quero
Como um trem
De uma única estação
O que era tudo!
Já se foi...
Sem causar tristeza
Choro ou depressão

Tudo que mais queria
Não quero mais
Pois bem sei, bem não traria
Nem daria realização

E só queria ter você
Que não conheço
Mas que virá
Tenho certeza
Com os dias
Que virão
                                         PVH 27/05/11

Tão Teu

Teu rosto meu agosto
Teu peito meu defeito
Tua cor meu fulgor
Teu beijo meu desejo
Teu olhar meu sonhar
Tuas maldades que saudades
Tua pele um anelo

Tudo teu é tão meu
E nunca foi
Teu corpo teus beijos
Tua roupa
Tua voz rouca
Só não é meu o
Teu perfidiaco modo de amar
Que azar todo teu

Prefiro não ser teu
Que ser
E dividir-te com todos
Que ser e nunca ser
                                                                             PVH,11/09/09

Sobre Peixes

Os peixes mordem o anzol
Pois cansam de tanto horror
De serem predados vivos
Por peixe devorador

Mas até os peixes sonham
Com rios lagos mares
Distantes de uzinas
Poluentes, sem pescador
Onde predador não existe

Talvez não existe
Mas ele sonhou

Pretencioso

Sou mistério sem resposta
Projeto não concluído
Centésima ovelha sou
Sem rebanho e sem pastor
Sou tão somente esperança
Criança que não conhece a mãe

Filho do cantador
Meus dias às vezes
São enchentes urbanas
De lágrimas mas com dulçor

Minha mente
Às vezes mente
Dizendo que acabou
Pois quando
Meu filme termina
A saga já começou

Fetichismo

Fetiche é coisa mais exótica
Que começa nos olhos
Vai descendo pela boca
E desce mais...
Fetiche n]ao é mais que insensatez
Se quer algo diferente
Por Ter algo emblemático
A um passo da estupidez
Fetiche tem  um que de proibido
Beijar o imbeijável
Comer farda e uniforme
Imerso em algum perigo